Estamos todos acostumados com o Google nos dizendo como ranquear bem, como produzir bons conteúdos para pessoas e lhes dar boas experiências.
Foi então que o ChatGPT chegou com força total, mostrando inúmeras possibilidades sobre criação de conteúdo de diversas formas e mudando as tendências de marketing para o futuro. De certa forma, o Google não se importou tanto, por saber que conteúdos criados por pessoas jamais poderiam ser substituídos por conteúdos criados por inteligência artificial.
No entanto, com todo o sucesso do ChatGPT e de outras ferramentas de inteligência artificial se desenvolvendo e se destacando com grande sucesso, foi notório para o maior buscador do mundo que algo deveria ser feito e isso tirou o Google de sua zona de conforto.
Larry Page e Sergey Brin, fundadores do Google que deixaram suas funções em 2019 na empresa, tinham alguns projetos de inteligência artificial e foram chamados pelo atual CEO do Google, Sundar Pichai, para retomá-los. E um deles é uma versão de seu mecanismo de busca com recursos de chatbot.
Isso nos mostra como esse tema realmente ganha cada vez mais espaço e não é mais uma opção deixar isso de lado. É necessário oferecer a quem faz buscas diárias no Google, experiências cada vez mais personalizadas.
Com a ascenção da OpenAI, empresa criadora do ChatGPT, o Google precisou tomar um susto e ficar vulneráveis para agir de verdade. Perceber que seu maior produto pode estar sendo ameaçado por algo que já poderiam estar trabalhando há muito tempo, nos mostra que até mesmo grandes empresas podem ficar confortáveis e pensar que nada pode tirá-los do pódio.
O Google precisa seguir seu próprio conselho e nos oferecer experiências cada vez mais ricas, com buscas interessantes e pesquisas mais atrativas.
Estamos prestes a ver o lançamento do ChatGPT-4, não com bilhões, mas agora trilhões de parâmetros para pesquisas e criações. Então, o que o Google pode fazer para que seu lugar não seja secundário na web?
Planos do Google para 2023
É necessário lembrar que o Google nos trouxe muitas inovações anteriormente, como a busca por voz, por exemplo. No entanto, também é preciso que não deixem de inovar. Com buscas unidas a chatbots que podem se tornar cada vez mais personalizados ao passo que buscas são realizadas por nós, o Google quer colocar-se como a empresa que foi pioneira nessas inovações e não nos deixar esquecer disso. Existem alguns testes sendo realizados internamente no Google, como a LaMDA, um chatbot teste oferecido a uma quantidade de usuários do buscador para testes.
“Continuamos a testar nossa tecnologia de IA internamente para garantir que seja útil e segura, e esperamos compartilhar mais experiências externamente em breve”, disse Lily Lin, porta-voz do Google, em comunicado. Segundo ela, a inteligência artificial irá beneficiar pessoas, empresas e comunidades e que o Google considera todos os efeitos sociais que seus lançamentos podem causar.
Além de lançar seus produtos este ano, o Google possui guardado projetos de Inteligência Artificial que pretendem oferecer a grandes desenvolvedoras de softwares, incluindo tecnologias de criação de imagens. Existem ainda, ferramentas para ajudar outras empresas a criar seus próprios protótipos de Inteligência Artificial em navegadores de internet, com o nome de MakerSuite.
Também foi dito que em maio deste ano, a gigante de tecnologia mais conhecida do mundo também pretende anunciar uma ferramenta para facilitar a construção de apps para smartphones com o sistema Android, chamada Colab + Android Studio, que irá gerar, completar e corrigir códigos. Além disso, teremos o lançamento de outras inúmeras novas soluções, sendo 20 produtos com inteligência artificial inserida e que serão lançados durante todo o ano de 2023.
Google, Inteligência Artificial e o futuro das buscas
É possível que mais breve do que imaginávamos, as buscas sejam cada vez mais otimizadas. Nunca entregaremos conteúdos melhores e personalizados sem a criação dos mesmos sendo feitos por pessoas para pessoas. A inteligência artificial deve nos auxiliar nesse processo, e não substituir.
Para trazer melhorias, o próprio Google já identificou que direitos autorais, privacidade e conteúdos não-confiáveis são os principais riscos da tecnologia de IA e que, por isso, ações como filtrar respostas para eliminar materiais protegidos e impedir que a IA compartilhe informações de identificação pessoal, serão necessárias para reduzir esses riscos.
Outro ponto, é que a empresa quer bloquear certas palavras para evitar discursos de ódio e conteúdos tóxicos, além de procurar minimizar outros possíveis problemas, como citado anteriormente. O Google quer se certificar de que seus produtos e a implementação de chatbots efetivos em seu mecanismo de busca, sejam realmente mudanças positivas para seus usuários.
Isso será bom não apenas para usuários comuns do buscador, mas também para profissionais de criação de conteúdo, de experiência do usuário e SEO, entre outros. Criar estratégias de criação de conteúdo com inteligência artificial, não para substituição mas para ajudar e entregar o melhor para pessoas, será um grande ponto para as empresas que difundem conteúdos na web.
Por fim, o Google quer que os governos mundiais examinem seus produtos de IA e os auditem, verificando se tudo está correto. Isso porque a empresa foi recentemente investigada por governos que acusaram a empresa de práticas comerciais anticompetitivas.
Com esse cuidado em mente, o Google antecipou informações sobre o “aumento da pressão sobre os esforços regulatórios de Al por causa de preocupações crescentes sobre desinformação, conteúdo prejudicial, preconceito, direitos autorais” estão em seu radar e por isso, toda a cautela é necessária em seus próximos lançamentos.
Nos resta aguardar e ver como mais uma vez, o Google irá revolucionar os mecanismos de busca com chatbots eficientes que, muito provavelmente, irão impactar cada vez mais as nossas vidas pessoais e profissionais.
FONTE: https://rockcontent.com/br/blog/google-chatbot-mecanismo-de-busca/