Televisão, rádio, revista…são vários os tipos de mídia utilizados no setor publicitário. Hoje vamos comentar sobre os principais.
Quem trabalha com diferentes mídias sabe que escolher os melhores meios para veicular determinada campanha é uma etapa crucial se o objetivo é entregar resultados satisfatórios aos clientes.
As opções são diversas e devem seguir o cronograma definido no Briefing. E se você acompanha de perto o trabalho do profissional de mídia, provavelmente já se deparou com o termo estratégia de mídia, etapa que define os meios pelos quais uma campanha será veiculada.
Quais são os tipos de mídia no setor publicitário?
A seguir, abordaremos os sete tipos de mídia mais utilizadas no setor publicitário. Além de entender quais são os principais meios pelos quais uma campanha pode ser veiculada, você também compreenderá como cada uma funciona na prática. Vamos lá?
1. Televisão
Mesmo com a entrada do serviço de streaming, como Netflix e Amazon, a tv ainda é considerada como uma importante ferramenta de comunicação em massa para a publicidade.
Apesar de possuir um custo elevado em relação a outros meios, a televisão é, de fato, capaz de causar grande impacto, já que possibilita inúmeras opções de períodos e horários, permitindo a inserção em programas distintos e com diferentes durações.
Outro ponto forte, é a segurança que uma propaganda veiculada nesse tipo de mídia transmite ao público se comparada a anúncios da internet, por exemplo. Além da incontestável influência exercida pela mídia televisiva, os resultados podem ser observados em um período relativamente curto, o que facilita na hora de avaliar se os objetivos foram realmente atingidos.
Entretanto, tanto os custos de produção das peças quanto os valores de inserção de anúncios são relativamente altos, nesse caso, se os objetivos esperados não são atingidos, o prejuízo pode ser grande.
Diante disso, ao escolher a mídia televisiva para a divulgação de uma campanha, deve-se avaliar com muita atenção as informações contidas no Briefing, tomando o cuidado necessário para que orçamentos exorbitantes não sejam feitos em vão.
2. Rádio
As estações de rádio estão, diariamente, se adaptando às novas realidades. Hoje já vemos até mesmo a transmissão pela internet do local de gravação. Essas ações serviram não só para dar continuidade a esse tipo de mídia, mas alavancá-lo.
Consolidado como um importante meio para a divulgação de marcas, produtos e serviços, o rádio mostrou que se uma mídia deseja sobreviver às crescentes inovações pelas quais os meios de comunicação passam, ela deve se ajustar aos novos hábitos adquiridos pelo seu público.
E se antes era preciso sintonizar a frequência correta para ouvir uma estação de rádio, hoje esta mesma rádio é facilmente encontrada com uma rápida pesquisa na internet.
Além de ser uma fonte de entretenimento imediata, o rádio oferece uma vantagem única: o ouvinte consegue gravar com muito mais facilidade a mensagem em questão, uma vez que os efeitos sonoros e os famosos jingles ficam gravados na memória por um bom tempo.
Ao contrário da televisão os custos de produção de anúncios em rádio são bem mais baratos, o que gera alta procura por essa mídia por parte de agências que buscam por valores mais acessíveis.
3. Jornal
O jornal é um dos tipos de mídia mais ameaçado pela internet. Muitos dizem que seus dias estão contados, mas essa fala já perdura tempo bastante para pensarmos que ainda não é bem assim. O que estamos vendo é que o público fidelizado desse tipo de informação permanece.
O que, para os publicitários é uma boa notícia, já que é comum que cada jornal possua um determinado tipo de leitor, o que contribui para um melhor direcionamento ao público-alvo que se quer atingir.
Por se tratar de um meio com uma segmentação tão específica, um anúncio pode ser facilmente adaptado para determinada região. Além disso, o jornal possibilita a oportunidade de se criar anúncios sempre atuais, uma vez que esse tipo de mídia necessita de diagramação diária.
Por exemplo, se surgir uma oportunidade de divulgação de um anúncio hoje, não há possibilidade de divulgação em uma revista, visto que, geralmente revistas são mensais, correndo-se o risco de perder o timing (já que sua veiculação será mês que vem). Ao passo que no jornal, o anunciante terá a certeza que amanhã mesmo poderá anunciar, de acordo com a concorrência dos locais, claro.
Se você já ouviu o termo “frequência”, muito comum ao departamento de mídia, provavelmente sabe que o jornal não se encaixa nesse quesito.
A frequência nada mais é que a quantidade de vezes que determinado anúncio será visto por pessoa, nesse caso, por ter uma vida útil curta, o jornal “de ontem” costuma ser rapidamente descartado.
Diante disso, impactar o leitor em tão pouco tempo não é uma tarefa fácil, nesse caso uma boa ideia, atrelada ao estudo detalhado do público-alvo é a chave para que um anúncio não escape da mente do leitor tão facilmente.
4. Mídia Externa
Outro tipo de mídia existente é chamada de externa, que são placas, letreiros e outdoors que ficam espalhados pelas cidades.
Com um investimento relativamente baixo, a divulgação externa, se bem elaborada, pode gerar um impacto muito grande diante do seu público.
Isso porque a mensagem é transmitida de maneira objetiva, nesse caso, é permitido abusar de imagens impactantes, que impressionam pelo seu tamanho e por seu apelo criativo.
Lembra que citamos a frequência no tópico anterior? Ao contrário do jornal impresso, aqui, a frequência é uma característica inevitável, uma vez que as pessoas costumam circular pelo mesmo local regularmente.
Apesar de suas inúmeras vantagens, a poluição visual causada por esse tipo de mídia resultou na sua proibição em alguns lugares, além disso, sua propensão a atos de vandalismo pode trazer prejuízos e refação do trabalho.
5. Revista
Assim como o jornal impresso, a revista também se caracteriza por englobar públicos extremamente segmentados. Com diversas opções de estilos de publicação, fica fácil lançar mão de assuntos específicos para públicos específicos.
Uma de suas vantagens está na forma como tais anúncios são dispostos na página, uma vez que este formato, aliado a uma excelente qualidade de impressão, dá ao publicitário, uma maior liberdade de criação.
E se o jornal é facilmente descartado ou muitas vezes, reutilizado para outros fins, a revista pode ser lida e relida inúmeras vezes, afinal, quem nunca deu aquela folheada em uma revista ao esperar por uma consulta?
Apesar de atrair um grande número de leitores e ser um espaço proveitoso para anunciar produtos e serviços, a revista também possui seus pontos negativos. Você já deve ter reparado na quantidade de anúncios dispostos em boa parte de suas páginas.
Apostamos que muitos deles já passaram despercebidos por você, não é? Isso acontece porque o excesso de informações acaba distraindo a atenção do leitor, no fim das contas pouca coisa é, de fato, absorvida.
6. Internet
Que a internet é um terreno fértil para a divulgação de produtos e serviços todos nós sabemos. Uma empresa que não se preocupa em criar vínculos na rede, não está preparada para crescer neste mundo que está se tornando cada vez mais digital.E com tantas formas diferentes de se comunicar com o público, é impossível abrir mão do que as mídias online têm a oferecer.
Anúncios no Google, Facebook e Twitter, sites e portais da web são apenas algumas das formas mais conhecidas de divulgar uma campanha, e se há uma boa estratégia de marketing envolvida, as chances de engajamento são enormes se comparadas a outras mídias, uma vez que se trata de um ambiente livre, aberto a pessoas de todas as partes do mundo.
Tal engajamento não seria viável sem a possibilidade de interação do público com empresas e marcas. Diante disso, mais importante do que criar anúncios e campanhas atraentes é manter um relacionamento saudável com a audiência.
Assim como as revistas impressas, a mídia online muitas vezes peca pelo excesso de informação. Sim! A poluição visual também está presente na internet. E o resultado disso é um grande volume de informações passando despercebidas até aos olhos mais atentos.
Porém, para quem encontra equilíbrio e usa todas as ferramentas que ficam à disposição, os resultados podem ser surpreendentes. Por isso, listamos a seguir algumas das possibilidades na internet.
6.1. Anúncios na rede de pesquisa
Se você tem uma loja virtual, um blog ou qualquer outra página na internet, é interessante elevar o número de visitantes. Afinal, quanto mais pessoas visitando as páginas, mais próximo do objetivo traçado você estará.
Para isso, uma das estratégias mais eficientes é o anúncio na rede de pesquisa. Imagine quantas pessoas utilizam o Google diariamente! Logo, nada mais interessante do que colocar a sua página em destaque para esses usuários.
O funcionamento dos anúncios na rede de pesquisa é como um leilão de palavras-chaves. Na plataforma, você seleciona os termos que deseja veicular seus anúncios e verá quais são os valores médios. Então, estipula quanto pode pagar por clique no anúncio. Junto a outros anunciantes, você passa a fazer parte de um leilão, ganhando pontos quem der o maior lance por clique naquele termo escolhido. Porém, não é só isso!
O maior objetivo do Google é levar o usuário até uma página relevante para sua pesquisa. Por isso, o mecanismo do buscador faz uma avaliação da página à qual você deseja levar aquele usuário que clicar no anúncio. Dependendo da relevância da página para a pesquisa feita, o mecanismo dá uma nota avaliativa. Então, o ranking dos anúncios mostrados na busca é uma relação entre o valor do lance aplicado e a nota de relevância da página.
6.2. Banners
Outro tipo de anúncio criado na plataforma do Google e demais buscadores é o banner. Trata-se de um dos tipos de mídia mais comuns e também leva um grande número de visitantes para uma página.
Ao escolher esse tipo de anúncio, você poderá visualizar os banners em sites parceiros do Google que têm sinergia com o seu tema. Essa estratégia pode ser bastante interessante para conquistar visitantes do topo do funil de vendas, ou seja, aqueles que ainda estão no começo da jornada de compra.
Outra possibilidade é associar essa estratégia com remarketing. Imagine que você deseja exibir banners patrocinados para quem visitou as suas páginas, mas não realizou uma compra. Sim, isso é possível! Dessa forma, você pode reativar um potencial cliente, levando-o de volta para o seu site.
6.3. Ads em redes sociais
Falando dos tipos de mídias mais populares, não podemos nos esquecer dos anúncios nas redes sociais. Hoje as diferentes plataformas, como Facebook, Instagram, YouTube, Twitter, entre outras, são donas de uma enorme comunidade, com um engajamento muito interessante.
Essas redes podem, e devem, ser usadas no intuito de fisgar potenciais clientes da sua marca. Os anúncios podem ser posicionados no feed de notícias, como uma publicação que encaminha o usuário para uma de suas páginas, ou também um banner.
Além disso, um recurso que conquistou diversas redes e que hoje atrai muitas empresas é o storie. Esse espaço de compartilhamento dos usuários fica visível por 24 horas e é um ótimo local para posicionar seus anúncios.
Nas plataformas das redes sociais, vale salientar que os anúncios podem demandar um acompanhamento de perto, porque o engajamento será presente. As pessoas podem e provavelmente farão comentários nas publicações e você deve se preocupar em manter um bom relacionamento com todo o seu público.
6.4. Vídeos ao vivo
As lives, ou vídeos ao vivo, são os queridinhos da atualidade. As redes sociais até destacam esse tipo de mídia, enviando um alerta quando alguém da sua rede começa uma transmissão ao vivo.
Se as empresas criarem estratégias para explorar bem esse recurso, ele pode se transformar em uma ótima fonte de tráfego e, consequentemente, de receita! A dica aqui é ter atenção à qualidade da transmissão, capacidade da internet e cuidados com o cenário. Afinal, você estará ao vivo, não havendo espaço para edições.
6.5. Jogos interativos
Outra dica interessante de elemento de mídia que pode ser usado pelas empresas são os jogos interativos. A gameficação é uma estratégia interessante porque entretém o público e gera uma ação desejada ao mesmo tempo.
É claro que não estamos falando de criar um jogo complexo para a sua empresa, mas você pode usar os elementos das redes sociais, por exemplo, para gerar algum tipo de jogo interativo. Um exemplo disso é um quiz usando elementos do stories no Instagram. Pode-se fazer algumas perguntas para os seus seguidores, direcionando para uma determinada ação.
Sorteios também são muito usados e as regras criadas ajudam na viralização. É comum vermos sorteios criados nas redes sociais em que uma das regras para a participação é marcar um número de amigos na publicação. Isso vai multiplicando a quantidade de pessoas que estão vendo aquela peça.
6.6. Posts patrocinados
Por fim, outra possibilidade nos tipos de mídias são os posts patrocinados. Essa ação é criada usando principalmente os influenciadores digitais.
Essas pessoas carregam um grande número de seguidores e conseguem engajá-los em uma ação direcionada, como a visita a um site, download de algum material, apresentação de um produto e, claro, incentivar a venda de um produto ou serviço diretamente.
Um cuidado que é preciso ter é na escolha do influenciador digital para trabalhar com sua marca. Afinal, ele precisa ter uma relação de proximidade com a marca e o que ela oferece para conseguir credibilidade com seu público. Avalie também o tipo de comunicação, linguagem e comportamento desse influenciador e se ele se encaixa no perfil da empresa.
7. Midia Out of home (OOH)
A mídia OOH (ou mídia out of home) é aquela que as pessoas têm acesso quando estão fora de casa. Elas ficam tanto no lado de fora dos estabelecimentos quanto associadas a ambientes específicos, como centros de compra. O maior objetivo é alcançar as pessoas em outros espaços e, assim, aumentar a presença de marca. Alguns exemplos clássicos são:
- outdoor;
- backbus;
- pôster;
- laterais de prédio;
- cativa;
- painel de LED;
- mídia projetada.
8. Outros tipos de Mídia
Um ponto comum entre boa parte das diferentes mídias citadas até agora é o excesso de informações propagadas diariamente. Consequentemente, muitas dessas informações acabam passando despercebidas do público-alvo. A solução encontrada para essa questão está, obviamente, na criatividade.
Como fugir do óbvio?
Fugir do comum é o que melhor define as mídias alternativas. Nesse caso, isso significa passar longe de qualquer meio tradicional de divulgação. Vale utilizar os lugares mais inusitados, desde banheiros públicos, até elevadores ou mesmo intervenções no espaço público. Aqui o que vale é a criatividade empregada para impactar a audiência das mais diferentes formas.
Novamente, é o potencial criativo quem vai definir se um anúncio trará o sucesso desejado, cabendo ao escopo criativo definir quais os melhores locais e de que forma a campanha irá impactar o público.
E então, qual mídia escolher?
Nós vimos neste conteúdo que existem diversos tipos de mídia, seja na internet ou no meio offline. Escolher entre tantos tipos pode até parecer uma tarefa difícil, mas não é. Na verdade, você não precisa escolher um ou outro: o ideal é associar os tipos de mídias que fazem sentido para sua estratégia, mantendo um controle para que seu público não fique sobrecarregado com tanta mídia.
Além disso, você também deve se preocupar em manter uma rotina de avaliação, analisando as ações de forma separada para saber o que está sendo efetivo e o que não está, o que precisa ser modificado ou até mesmo interrompido e o que deve receber mais investimentos para aumentar os resultados.
Com as informações necessárias sobre mercado, produto e público-alvo listadas no Briefing não tem como errar, pois são com esses dados que o profissional de mídia terá base para definir qual meio melhor se adapta aos objetivos do cliente.