Uma empresa offline, aquela cujos esforços de marketing ainda não contemplam os canais online, está perdendo inúmeras oportunidades de crescimento e negócio.
A internet é um ambiente amplamente consolidado que já influencia diretamente o comportamento de quase todos os públicos — e é, por isso, que você deve estar nela!
A diferença mais marcante entre o Marketing Offline e o Marketing Digital está na segmentação. Ainda que os meios de comunicação tradicionais possam ser orientados de acordo com o canal utilizado e a localização, nada se compara à precisão que as plataformas digitais são capazes de entregar. Por isso, a importância em transformar uma empresa offline em online.
Independentemente de qual seja o seu negócio, é preciso entender que as pessoas estão na internet e é nela que a sua empresa deve estar. Vivemos um processo de transformação digital no qual os mais variados serviços estão sendo integrados aos sistemas digitais.
A boa notícia é que não é preciso muito esforço para fazer isso. Hoje, empreendedores de todos os setores contam com ferramentas de altíssima qualidade — muitas delas gratuitas — para colocar o seu negócio na web. Quer ver só?
Confira, a seguir, 8 passos simples para fazer a sua empresa offline estrear na web!
1. Estude o seu mercado
Na prática, o primeiro passo dado pelas empresas que desejam firmar a sua presença digital é criar um site. Entretanto, é extremamente recomendado realizar um estudo inicial, seja para evitar gastos desnecessários, seja para garantir a entrega de resultados.
Os procedimentos são variáveis, mas, em geral, esse tipo de análise é pautada em:
- benchmarking: consiste em avaliar a sua empresa em relação à concorrência a fim de descobrir e incorporar as melhores práticas do mercado;
- estudo de mercado geral: nessa etapa, a ideia é entender o panorama do seu segmento e identificar problemas e demandas nas quais a sua empresa pode atuar;
- estudo do público: analisar o mercado sob a ótica do consumidor para identificar necessidades, desejos, comportamentos e valores que a sua marca pode abraçar;
- construção de personas: analisar dados e feedbacks de clientes e, também, comportamentos e tendências da sua audiência para criar uma representação semifictícia do seu cliente ideal — elas serão o parâmetro da sua produção de conteúdo;
- planejamento de Marketing de Digital: tem como objetivo descobrir as melhores estratégias para atrair ou alcançar o seu público na internet, tanto nos buscadores quanto nas mídias sociais.
Conduzido e documentado o seu planejamento, é hora de botar a mão na massa!
2. Registre um domínio
O domínio é o endereço .com do seu site cujas funções básicas são facilitar a descoberta do seu conteúdo e a indexação nos mecanismos de pesquisa. No entanto, esse serviço também desempenha um papel no que diz respeito à propriedade de uma marca na internet, tendo em vista que eles são únicos e só podem ser utilizados por seus contratantes.
Disputas por domínios são comuns entre empresas ou projetos que têm nomes idênticos. Se o domínio que você deseja já foi contratado, você pode entrar em contato com o atual proprietário e negociar uma possível transferência. Caso ele não aceite, será necessário utilizar outro nome ou terminação (.blog; .net; .co etc.).
Não é uma regra criar um site ou blog com o nome da marca, mas esse caminho pode favorecer o seu posicionamento na web. Se você atua em uma área muito recente ou pouco conhecida no país, uma boa sugestão é registrar um domínio com alguma palavra-chave forte do seu segmento para que você possa atrair e educar pessoas interessadas e transformá-las em potenciais clientes.
3. Crie um site
Como você pôde perceber, o registro do domínio é a tarefa mais urgente na criação de um site, uma vez que quem registrá-lo primeiro terá total controle sobre ele. Resolvida essa questão, partimos para a hospedagem.
Este serviço não é muito diferente de uma hospedagem tradicional, mas, no caso, pagamos uma empresa especializada para hospedar os dados do nosso site em um servidor (um supercomputador desenvolvido para guardar e processar dados de rede).
Por fim, devemos escolher e instalar o software (CMS) a partir do qual rodaremos o site. Existem diversas opções na internet, mas, de longe, o mais utilizado e recomendado é o WordPress. Fazendo uma simples analogia com um imóvel, podemos dizer que o domínio é o endereço, a hospedagem é o terreno e o CMS é a casa do seu site.
A configuração desses fatores, incluindo ajustes adicionais na infraestrutura e na segurança do seu site, não é algo necessariamente complexo, mas pode tomar algum tempo, especialmente se você não tem conhecimento ou experiência nesse tipo de trabalho.
4. Cadastre-se no Google Meu Negócio
O Google Meu Negócio é a central de cadastro e gerenciamento de serviços locais do Google. Com ela, você coloca a sua empresa nos resultados locais do Google e nos mapas do Google Maps. E o melhor: tudo de graça! Para se cadastrar, basta usar o aplicativo ou acessar o site oficial.
5. Invista em ferramentas de gestão de leads
Os leads são seus contatos de venda, algo que no Marketing Digital tem um valor inestimável. É a criação de uma lista de contatos sólida e coerente que permite que você mantenha contato com a sua audiência, conheça melhor o seu público e envie propostas segmentadas.
Existem diversas formas de fazer com que as pessoas compartilhem suas informações — o que também pode ocorrer de forma espontânea. Entretanto, é mais estratégico enxergar esse processo como uma troca na qual a sua empresa oferece algo de valor (como um conteúdo ou a demonstração de um serviço) e o consumidor fornece seus dados de contato (como e-mail, telefone, site etc.).
Em todos os casos, você precisará de uma ferramenta para armazenar esses registros com segurança e gerenciá-los em suas ações de relacionamento e publicidade. Existem soluções específicas, mas a melhor aposta são as plataformas CRM, os softwares de relacionamento com o cliente. As ofertas mais conhecidas por aqui são a Salesforce, a HubSpot e a brasileira RD Station. Com elas, você tem controle total sobre a comunicação com seus prospects e clientes e conta com diversos recursos de automação, divulgação e relacionamento.
6. Simplifique seus meios de comercialização e pagamento
As restrições sociais impostas pela pandemia da COVID-19 motivaram empreendedores dos mais diversos nichos, sobretudo de empresas totalmente offline, a criar uma loja virtual.
O crescimento das vendas online sempre foi uma tendência, mas a crise acelerou significativamente esse processo fazendo com que públicos de todos os tipos descobrissem a conveniência e a segurança de fazer compras sem sair de casa. Entre as principais etapas envolvidas na criação de um e-commerce temos a escolha de uma boa plataforma e a contratação de um sistema de pagamento confiável.
Tenha em vista, porém, que expandir ou migrar as suas vendas para a internet requer um planejamento à parte, especialmente no que se refere às demandas offline, como estoque e logística.
7. Trace uma estratégia de Marketing de Conteúdo
De maneira geral, as empresas trabalham a sua divulgação na web de duas formas. No Inbound Marketing, criamos conteúdos de valor em larga escala para atrair e construir um relacionamento com clientes em potencial. Essa abordagem tem foco em SEO (otimizações para motores de busca) e se destaca por entregar resultados mais consistentes no longo prazo.
No Outbound Marketing, por sua vez, fazemos o caminho inverso: é a empresa que vai até o cliente por meio campanhas em serviços de publicidade online, os chamados Ads (como Google Ads e Facebook Ads). A vantagem desse caminho é a velocidade, uma vez que as marcas chegam até o seu público de maneira instantânea.
A maioria das empresas utiliza as duas abordagens, o que é perfeitamente possível. Entretanto, é importante desenvolver uma ação integrada de modo que as estratégias não compitam entre si.
8. Trabalhe o engajamento em seus canais de comunicação
A internet atual exige que as empresas repensem seus canais de comunicação. Não podemos mais nos limitar a meros meios de contato, mas criar grandes ambientes de interação. O consumidor não quer ser apenas um espectador passivo do seu conteúdo, ele quer interagir, participar e, muitas vezes, contribuir com a sua produção.
Isso significa que a sua marca precisa desenvolver um diálogo humano e aberto em todos os seus canais de marketing, especialmente nas redes sociais. Não basta compartilhar posts e anúncios, você precisa mergulhar no universo da sua audiência, participar de assuntos recorrentes e atuar ativamente fazendo boas chamadas, respondendo comentários e promovendo discussões.
Para fazer isso, será necessário um profissional ou equipe especializada e, claro, uma boa ferramenta.
Para finalizar, também recomendamos inovar a sua estratégia com conteúdos interativos, uma das grandes tendências do Marketing Digital em todo o mundo. Com ferramentas intuitivas, como a Ion, você consegue criar facilmente os mais diversos tipos de peças para aumentar o engajamento da sua audiência e gerar ainda mais leads.
É importante destacar que o notável crescimento dos negócios na internet não implica o fim dos antigos canais de marketing. Embora as empresas estejam conduzindo suas estratégias do tradicional para o digital, sobretudo diante da pandemia, é importante entender esse movimento não como uma troca, mas como uma expansão.
Philip Kotler, um dos mais importantes autores do marketing moderno, define esse fenômeno como Marketing 4.0, um momento em que o consumidor distingue cada vez menos o online do offline e passa a interpretá-los como uma única experiência. É exatamente esse o cenário em que vivemos.